
Meus caros amigos, fez hoje uma semana que centenas de estudantes portugueses se uniram, com o objectivo de se fazerem ouvir em frente ao Ministério da Educação, em Lisboa. No dia 24 de Março (dia do estudante) deste ano houve mais uma manifestação de estudantes, do ensino básico ao superior, onde os alunos gritaram, marcharam, ergueram punhos, e não esquecer, interromper as aulas de colégios que por acaso andassem por ai.
Os motivos que nos uniram, a todos, naquele dia, foram alguns direitos básicos que nos estavam a ser negados, como o facto de as aulas serem como os professores as querem, sem considerar as capacidades de cada aluno, dando matéria que é supostamente engolida pelos alunos, para depois ser vomitada durante os testes. Se pensarem bem, o ensino público é "gratuito". Se assim é, então, porque é que alunos têm de gastar aproximadamente 300 Euros em manuais escolares e outros materiais de que possam vir a precisar? Não percebo!
Certas escolas planeiam instalar câmaras de vigilância nos pátios, no entanto recusam-se, por motivos de privacidade, a colocar câmaras em sítios onde realmente fazem falta, nas zonas mais isoladas das escolas. Por outro lado, percebo bem a ideia de se instalarem câmaras nos pátios: "É porque se matares alguém no meio do pátio da escola, não terás testemunhas do sucedido, é para isso que elas vão la estar." by Diogo ou Mocado (não me lembro bem quem me disse isto, peço desculpa).

Foi a minha primeira MANIF, mas garanto que não será a última. Alguém tem de defender os direitos dos estudantes. E no meio da multidão, dos gritos, dos cânticos e dos cartazes, encontra-se sempre um espírito que não morrerá, o espírito da liberdade estudantil que todos nós temos dentro de nós.